Marco Feliciano reafirma que não renuncia; PSC recebe abaixo-assinado contra Feliciano

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Documento com 455 mil assinaturas pede a saída do deputado da presidência da Comissão de Direitos Humanos da Câmara. “Não renuncio de jeito nenhum”, afirmou o deputado-pastor Marco Feliciano.

Ativistas que realizam uma petição online contra a presença do pastor e deputado Marco Feliciano (PSC-SP) na presidência da comissão de Direitos Humanos fizeram na manhã desta quarta-feira (27) uma entrega simbólica para as lideranças do partido de 455 mil assinaturas. Eles foram recebidos por André Moura, líder do PSC, Everaldo Dias Pereira, vice-presidente do partido, e outros integrantes da cúpula do partido. Segundo o relato, o partido pediu 30 dias para avaliar a conduta de Feliciano no comando da comissão.

“O que o líder nos pediu foi que, como houve a decisão dele (Feliciano) de continuar, seja dado um prazo de 30 dias para exercer o cargo e, se houver algum deslize, o próprio partido abrirá um processo disciplinar contra ele”, disse Pedro Abramovay, diretor de campanhas da Avaaz, uma entidade de mobilizações pela internet.

Os ativistas disseram não aceitar o prazo por entender que as atitudes anteriores de Feliciano já tiram sua condição de presidir o colegiado. “As declarações feitas por ele não podem ser taxadas como um deslize, há uma constatação de ofensas aos direitos humanos”, afirmou Abramovay.

Autor da petição, Bruno Maia afirma que a pressão vai continuar e que novos protestos de rua serão realizados em São Paulo nos próximos dias pedindo a renúncia do pastor. Abramovay destacou o apoio de 455 mil pessoas ao tema e disse considerar a adesão uma vitória sobre Feliciano. Em petição no seu site, o pastor computa o apoio de 292 mil pessoas a sua permanência. “Nunca imaginamos que teríamos apoio maior do que um pastor, que tem toda a estrutura da igreja”.

Ontem [terça-feira], o PSC contrariou o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) , e decidiu manter Feliciano no cargo apesar dos protestos e dos apelos de parlamentares contrários à manutenção do pastor na comissão. O partido considerou que os protestos contra Feliciano são naturais, mas devem ser “respeitosos”. Destacou o fato de o deputado pastor ter sido eleito por seus pares. “Democracia é voto. Democracia não é grito, nem ditadura”, disse Everaldo. O PSC disse ainda que não fará ameaças, mas que pode convocar também militantes.

Feliciano reafirma que não renuncia

O deputado e presidente da Comissão dos Direitos Humanos da Câmara, Pastor Marcos Feliciano (PSC-SP), reafirmou nesta quarta-feira que não vai renunciar ao cargo em hipótese alguma e desafiou o colégio de líderes da Casa, que junto com o presidente, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), vai pedir a ele para deixar o cargo e por fim à crise iniciada com sua eleição.

“Não renuncio de jeito nenhum. O que os líderes podem fazer com a minha vida? Eu fui eleito pelo voto popular e pelo voto do colegiado”, disse.

Feliciano foi na manhã desta quarta-feira à Embaixada da Indonésia entregar um pedido de clemência em favor de dois brasileiros condenados à pena de morte por tráfico de drogas naquele país.

Segundo o deputado, o noticiário internacional indica que os dois figuram numa lista de estrangeiros que estariam prestes a serem executados por fuzilamento.

Indagado se o momento é oportuno para fazer esse tipo de apelo, em razão da crise na CDH e de sua fragilidade no cargo, o Pastor mostrou-se muito irritado. “Essa é uma pergunta estúpida. E lá existe tempo para fazer pedido de clemência?”, questionou. Em seguida, dirigindo-se aos jornalistas, ele prosseguiu: “Vocês estão ultrapassando o meu limite de espaço. Estou aqui por um assunto sério e vocês estão de brincadeira”.

Depois, Feliciano reafirmou que não existe crise alguma na Comissão de Direitos Humanos e que vai tocar seu trabalho com tranquilidade. “O que está em crise são vocês, falando besteiras e coisas que não existem”. “Já fizemos duas sessões, e na primeira votamos toda a pauta; na segunda, só fui impedido por causa do tempo”, contou Feliciano, alheio aos protestos sociais contra a sua permanência na presidência da CDH.

Marco Feliciano manda prender manifestante em reunião da CDHM

Durante reunião na tarde desta quarta-feira (27) da Comissão de Direitos Humanos e Minorias (CDHM), o presidente da pasta, o deputado federal e pastor, Marco Feliciano (PSC-SP), pediu aos seguranças que levasse preso um manifestante que lhe chamou de racista. Por causa do tumulto, a sessão foi suspensa por Feliciano e transferida para outro plenário, onde foi proibida a entrada de manifestantes, tanto os contra, como os a favor do deputado na presidência da Comissão.

Na sessão do tumulto, que começou às 14h20, foi limitada a entrada do número de 20 manifestantes contra e 20 a favor de Feliciano. O grupo de evangélicos gritavam palavras como: “Fica Feliciano, Jesus, Jesus!”. E os contrários ao deputado palavras como: “Fica na sua igreja”. Na ocasião, Marco Feliciano foi interrompido por manifestantes que ainda diziam: “Não respeita os negros, os homossexuais, as mulheres e não me representa. Não vou te respeitar”.

No meio da confusão, Feliciano apontou para um manifestante e pediu que a prendesse. “Aquele senhor, ele me chamou de racista. Racismo é crime. Chama o segurança. Ele vai sair preso”, disse Feliciano. O rapaz, que se identificou como Marcelo Régis Pereira, segundo os seguranças, seria levado para a Delegacia da Polícia Legislativa para prestar depoimento.

O impasse sobre renúncia de Feliciano

Segundo informou o portal G1, os líderes partidários se reuniram na noite de terça-feira (26) e programaram para a próxima terça (2), um encontro para pedir que Feliciano renuncie e alertar a ele de que não tem apoio para continuar na CDHM.

Quanto ao partido do deputado, a situação de Marco Feliciano foi avaliada nesta terça-feira (26) pelo PSC. Após reunião, o partido decidiu que vai manter o apoio ao deputado para que continue como presidente da pasta. “O PSC não abre mão da indicação de Feliciano. O deputado é ficha limpa e tem todas as prerrogativas para estar no comando da CDHM”, disse o vice-presidente do PSC, Everaldo Pereira.

Fonte: Último Segundo, Vitrine Digital e The Christian Post

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